Certos que D. Manuel, que agora ruma a
Lisboa, leva um pouco do Porto no seu coração e deixa uma marca no coração dos
fieis da Diocese do Porto (e não só), transcrevemos as suas palavras aos
diocesanos do Porto e a sua saudação ao Patriarcado de Lisboa.
Muito obrigado pela dedicação, entrega e
pelo seu exemplo nas várias acções que teve e promoveu na nossa Diocese. Todas
as palavras que pudesse escrever eram insuficientes para transcrever o que de
bom e novo nos trouxe.
Caríssimos diocesanos do Porto
Nesta hora, que começa a ser de
despedida pela minha nomeação para o Patriarcado de Lisboa, quero
agradecer-vos do coração toda a estima e proximidade com que me
acompanhastes, desde que o Papa Bento XVI me nomeou para vosso bispo
diocesano, a 22 de fevereiro de 2007.
Levarei comigo e em ação de graças as
mil e uma expressões da amizade com que me recebestes e ajudastes no
exercício do ministério. Nas comunidades cristãs, nas várias associações de
fiéis e movimentos, nos institutos religiosos e seculares, bem como nas diversas
instituições públicas e civis da grande região portuense, encontrei sempre o
mais generoso acolhimento e a vontade firme de servir o bem comum. Em tempos
tão exigentes como os que atravessamos, todas essas realidades a que dais
corpo e alma são a melhor garantia daquele futuro fraterno, justo e
solidário, de que ninguém desistirá decerto.
Quando vos saudei em 2007, disse trazer
um só propósito e programa: conhecer, servir e amar a Diocese do Porto. Com a
graça de Deus, algo se cumpriu de tal desiderato. Conheci-vos de perto,
servi-vos como pude e com estima que permanece, em perpétua gratidão. Em tudo
foi da maior valia a colaboração de muitos, começando pelos Senhores Bispos
que me acompanharam no serviço diocesano, com incansável entrega. Com eles,
os vigários gerais, os membros do colégio de consultores (cabido da sé) e
todos os membros da cúria diocesana e da casa episcopal; bem assim os
responsáveis pelos nossos três seminários diocesanos, os vigários da vara e
seus adjuntos, os responsáveis pelos secretariados diocesanos, os membros dos
conselhos presbiteral e pastoral e de outros conselhos e comissões,
instâncias de participação e organismos. Referência especialíssima quero
fazer ao clero paroquial, secular ou regular, incansável na sua dedicação ao
serviço quotidiano do Povo de Deus, especialmente aonde tem de acumular
várias comunidades e serviços. Saliento também os diáconos permanentes, os
consagrados/as e os milhares de fiéis leigos que colaboram ativamente na
catequese e no serviço da Palavra e da oração, na vida litúrgica e na ação
sociocaritativa. – Grande e bela é a Diocese do Porto, na imensa aplicação
dos seus membros ao serviço de Deus e do próximo!
É por tudo isto que vos quero reiterar
uma palavra de agradecimento e bons votos. Agradecimento, que traduzirei em
oração por todos e cada um de vós, as vossas comunidades e famílias. A minha
entrada no Patriarcado será a 7 de julho, ficando convosco até perto desse
dia. O coração não tem distância, só profundidade acrescida. Aqui ou além, continuaremos
juntos, no coração de Deus.
Sempre vosso amigo e irmão,
+ Manuel Clemente (Porto, 18 de maio de
2013)
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