Hoje trazemos mais um artigo da Agência Ecclesia, da autoria de Octávio Carmo, que fala sobre o futuro num momento especial que é o regresso "pós-férias": regresso ao trabalho e regresso às aulas:
O fim do verão, que este ano passou muito discretamente pelo país, traz muitos de volta à realidade laboral e escolar que vai marcar os seus dias nos próximos meses. O interregno - cada vez menos generalizado, é certo - foi invulgar, não só por causa do clima, mas pelas diversas crises, do ébola à guerra na Ucrânia, passando pelos desvarios do autoproclamado Estado Islâmico. Apesar de tudo, fica a nota positiva do menor número de incêndios, poupando vidas e bens, em Portugal.
O mergulho na ‘realidade’ vai ter, por isso, um pano de fundo diferente. De crise financeira em crise financeira, parece ser difícil ter um fundo de esperança para vislumbrar algo de diferente no futuro. Qualquer ténue sinal de recuperação tem sido abafado por cataclismos ‘imprevistos’, que ninguém conseguiu ou quis ver antecipadamente, deixando adivinhar mais do mesmo, para os mesmos.
Ganha por isso particular importância a reflexão sobre a dimensão social do anúncio do Evangelho que a Igreja Católica, através do seu Secretariado Nacional de Pastoral Social, quer promover. O labirinto da crise financeira, os constrangimentos orçamentais e os sacrifícios impostos em prol do pagamento da dívida estão longe de ser respostas para a vida de milhões de pessoas que acreditaram numa sociedade melhor, mais justa e fraterna - porque não dizê-lo, mais cristã.
O poder transformador do Evangelho é fundamental neste impasse civilizacional em que o projeto europeu parece estar mergulhado. A falta de valores comuns, de fundo, que ultrapassem a mera visão utilitarista das pessoas e das nações, ameaça a estabilidade e a paz, exigindo a mudança de paradigma e a recentralização das preocupações na pessoa e na dignidade de cada um, como o Papa Francisco tem vindo a repetir incessantemente.
Feitos os diagnósticos à crise, contestadas as receitas para as solucionar e abertas as feridas que todo este processo provocou, está na hora de procurar uma verdadeira cura e começar a construir o futuro. A Doutrina Social da Igreja, com o seu equilíbrio de princípios e o respeito absoluto por cada vida, por todas as vidas, que nunca podem ser instrumentalizadas, oferece um guia seguro para superar o desencanto ideológico de tantos e o aparente desnorte de quem devia ir à frente dos seus povos e, afinal, perdeu o rumo.
O mergulho na ‘realidade’ vai ter, por isso, um pano de fundo diferente. De crise financeira em crise financeira, parece ser difícil ter um fundo de esperança para vislumbrar algo de diferente no futuro. Qualquer ténue sinal de recuperação tem sido abafado por cataclismos ‘imprevistos’, que ninguém conseguiu ou quis ver antecipadamente, deixando adivinhar mais do mesmo, para os mesmos.
Ganha por isso particular importância a reflexão sobre a dimensão social do anúncio do Evangelho que a Igreja Católica, através do seu Secretariado Nacional de Pastoral Social, quer promover. O labirinto da crise financeira, os constrangimentos orçamentais e os sacrifícios impostos em prol do pagamento da dívida estão longe de ser respostas para a vida de milhões de pessoas que acreditaram numa sociedade melhor, mais justa e fraterna - porque não dizê-lo, mais cristã.
O poder transformador do Evangelho é fundamental neste impasse civilizacional em que o projeto europeu parece estar mergulhado. A falta de valores comuns, de fundo, que ultrapassem a mera visão utilitarista das pessoas e das nações, ameaça a estabilidade e a paz, exigindo a mudança de paradigma e a recentralização das preocupações na pessoa e na dignidade de cada um, como o Papa Francisco tem vindo a repetir incessantemente.
Feitos os diagnósticos à crise, contestadas as receitas para as solucionar e abertas as feridas que todo este processo provocou, está na hora de procurar uma verdadeira cura e começar a construir o futuro. A Doutrina Social da Igreja, com o seu equilíbrio de princípios e o respeito absoluto por cada vida, por todas as vidas, que nunca podem ser instrumentalizadas, oferece um guia seguro para superar o desencanto ideológico de tantos e o aparente desnorte de quem devia ir à frente dos seus povos e, afinal, perdeu o rumo.
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