Anunciar a ressurreição implica uma «alegria espontânea» difícil de acontecer entre «vizinhos que mal se conhecem», aponta sacerdote
O padre Manuel Correia
Fernandes, diretor do jornal Voz Portucalense, diz que a tradição pascal
do Compasso “perdeu muito” do seu sentido comunitário quando passou do
ambiente rural para “os caixotes habitacionais das cidades”.
Num texto publicado na edição desta quarta-feira do Semanário ECCLESIA, o sacerdote da Diocese do Porto realça que estas alterações, sinais da evolução dos tempos, devem obrigar a Igreja Católica a apostar num “anúncio novo”. Em causa está sobretudo a necessidade de uma pastoral de “proximidade” que aprofunde a “convivência” das pessoas e o valor da “fraternidade” no meio de realidades “desumanizadas”. De acordo com o padre Manuel Correia Fernandes, o Compasso Pascal, para além de funcionar como “memória do anúncio da ressurreição, evoca caminhada, festa e alegria espontânea”, o que é difícil de acontecer entre “vizinhos que tantas vezes mal se conhecem”. Por outro lado, o percurso que antes era percorrido pelo pároco, para visitar as casas das famílias, é hoje muitas vezes entregue a “leigos generosos” mas a quem falta um pouco da “sacralidade advinda da batina e da estola”. |
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