Hoje que começa a Quaresma, transcrevemos um texto de Octávio Carmo publicado na Agência Ecclesia que nos convida a pensar no sentido deste tempo de preparação para a Páscoa:
O início da Quaresma convida à reflexão e à ação, pela mão do
Papa Francisco, relativamente aos temas da pobreza, da miséria, da
construção da sociedade e da relação com Deus e entre pessoas. Iniciado
simbolicamente sob as cinzas, este tempo de preparação para a Páscoa
convida a um renascimento, uma mensagem particularmente importante no
momento que se vive, a nível nacional.
O debate sobre o magistério social e económico do Papa argentino tem padecido, em muitos casos, do mesmo mal que dimensionou avassaladoramente a atual crise: qualquer questão pessoal, humana, ética e transcendente é colocada em segundo plano face às estruturas, ao discurso centrado no mundo financeiro, à guerra político-partidária.
Discutir a pobreza, pela mão do primeiro Papa sul-americano, é falar de uma cultura de desperdício, é questionar os fatores que, dentro da mesma sociedade, fazem aumentar as desigualdades e o sofrimento humano, sem direito a uma vida digna. Mas discutir a pobreza, segundo Francisco, não é apenas contestar uma condição socioeconómica que limita o horizonte da existência humana: a pobreza é também uma atitude de discernimento, uma hierarquia de valores interna e social que leva a utilizar os recursos em função dos outros, promovendo os desfavorecidos e respeitando as gerações futuras.
Esta Igreja «pobre para os pobres» que o Papa quer levar os católicos a formar exige uma conversão profunda, que é mais do que uma mera transformação administrativa ou estrutural. Contra a corrente, cada cristão é chamado a aprender a ser pobre, a projetar a sua existência para lá das contingências quotidianas, sacudindo o pó sem deixar-se agarrar pela terra do presente, com a certeza do futuro que a fé lhe oferece.
A pobreza é uma marca do cristão e, sem qualquer dúvida, uma exigência fundamental para a credibilidade da mensagem que procura transmitir. Muitos são os que lhe pedem este testemunho de sobriedade, centrado no essencial, condenando quaisquer sinais de luxo ou exibicionismo. A esses, é preciso dar a conhecer os fundamentos do valioso património espiritual que a Igreja transporta consigo.
É importante, por isso, repetir com Francisco que a pobreza se transforma em miséria(s) quando cada pessoa perde um horizonte de esperança, de confiança e de solidariedade. Não se pode esperar que sejam quem queimou a sociedade a promover a sua recuperação. Só um mundo verdadeiramente novo, que na fé católica nasce do Alto, poderá ajudar todos a renascer das cinzas.
O debate sobre o magistério social e económico do Papa argentino tem padecido, em muitos casos, do mesmo mal que dimensionou avassaladoramente a atual crise: qualquer questão pessoal, humana, ética e transcendente é colocada em segundo plano face às estruturas, ao discurso centrado no mundo financeiro, à guerra político-partidária.
Discutir a pobreza, pela mão do primeiro Papa sul-americano, é falar de uma cultura de desperdício, é questionar os fatores que, dentro da mesma sociedade, fazem aumentar as desigualdades e o sofrimento humano, sem direito a uma vida digna. Mas discutir a pobreza, segundo Francisco, não é apenas contestar uma condição socioeconómica que limita o horizonte da existência humana: a pobreza é também uma atitude de discernimento, uma hierarquia de valores interna e social que leva a utilizar os recursos em função dos outros, promovendo os desfavorecidos e respeitando as gerações futuras.
Esta Igreja «pobre para os pobres» que o Papa quer levar os católicos a formar exige uma conversão profunda, que é mais do que uma mera transformação administrativa ou estrutural. Contra a corrente, cada cristão é chamado a aprender a ser pobre, a projetar a sua existência para lá das contingências quotidianas, sacudindo o pó sem deixar-se agarrar pela terra do presente, com a certeza do futuro que a fé lhe oferece.
A pobreza é uma marca do cristão e, sem qualquer dúvida, uma exigência fundamental para a credibilidade da mensagem que procura transmitir. Muitos são os que lhe pedem este testemunho de sobriedade, centrado no essencial, condenando quaisquer sinais de luxo ou exibicionismo. A esses, é preciso dar a conhecer os fundamentos do valioso património espiritual que a Igreja transporta consigo.
É importante, por isso, repetir com Francisco que a pobreza se transforma em miséria(s) quando cada pessoa perde um horizonte de esperança, de confiança e de solidariedade. Não se pode esperar que sejam quem queimou a sociedade a promover a sua recuperação. Só um mundo verdadeiramente novo, que na fé católica nasce do Alto, poderá ajudar todos a renascer das cinzas.
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