Hoje transcrevemos parte do editorial da Agência Ecclesia por Paulo Rocha, no seguimento da primeira publicação de uma mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais.
O Papa Francisco publicou a sua primeira Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Como noutras circunstâncias, insiste nos valores e atitudes que têm marcado o seu pontificado: encontro, proximidade, ternura, periferias, diálogo.
Ao olhar os desenvolvimentos tecnológicos e a presença da Igreja, das mensagens do Evangelho nas redes digitais, Francisco inscreve de imediato a marca da humanidade em ambientes que são muito mais do que virtuais. As redes digitais são um “lugar rico de humanidade”. O Papa é firme ao sentenciar que todo esse “continente” não pode ser considerado apenas uma “rede de fios”, mas uma rede “de pessoas humanas”.
É sugestiva na mensagem do Papa a analogia entre a parábola do Bom Samaritano e a comunicação. Para Francisco, a história que Jesus conta depois do escriba lhe perguntar “quem é o meu próximo” ilustra o conceito de proximidade, traduzindo a capacidade de uma pessoa se tornar semelhante ao outro. Tanto dos que estão na periferia da estrada, feridos, como os que percorrem as “estradas digitais”, “congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida”.
“Quem comunica faz-se próximo”. De que forma? De novo, como na parábola: “não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro”.
É por causa deste programa que a comunicação não pode permanecer na lista dos assuntos “pendente”, ou considerados “a tratar” nas sobras do tempo das instituições, também da Igreja Católica.
Na Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa pede “energias frescas” e “imaginação nova” para transmitir mediaticamente a “beleza de Deus”.
Sem comentários:
Enviar um comentário