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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Testemunho de fé atual

Hoje transcrevemos um testemunho de fé. É frequente recorrer-se a testemunhos de alguém que viveu há uns anos atrás, sejam eles muitos ou poucos. O testemunho que abaixo transcrevemos é de alguém que conhecemos e ouvimos atentamente no encontro de catequistas em Espinho que deu início ao catequético 2013/2014 - foi, sem dúvida, um momento que marcou todos os presentes.

Pretendemos assim, com este testemunho de sorriso e braços abertos, marcar também esta importante festividade do dia de todos os santos.




A Xana vem aqui dizer por meio de gestos, expressão corporal e palavras que: “Com Deus se move e existe sorrindo p’rá vida”!

Meu Deus...
A fé e a confiança que tenho em Ti, dão-me força para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia com alegria, para acolher a situação em que vivo com a certeza de que estás sempre comigo por isso sou feliz...
Obviamente nem sempre é fácil, claro que gostaria de correr, brincar como as outras crianças e jovens.
Não foi possível.
Ninguém está cá por acaso, o Teu projecto está traçado ao máximo pormenor, há tarefas específicas para cada pessoa e se o Teu projecto para mim passa por eu estar numa cadeira de rodas, assim seja.
Não é resignação, porque luto caminharei, quando e se Tu quiseres.
Chamaste a minha mãe para junto de Ti.
Deste- me força para viver com a saudade e com o vazio.
Deste-me a fé para a sentir perto de mim.
Acredito que Tu e ela estão comigo, acompanham a minha história...
Por tudo dou-Te graças...
Obrigada Meu Deus!
Obrigada por me concederes o dom da existência...
Obrigada por me dares a possibilidade de olhar para o céu e ver o sol a brilhar...
Obrigada por, em cada manhã, me Dares a força necessária para encarar o dia com um sorriso no rosto.
Obrigada por me rodeares de pessoas maravilhosas que me ajudam e me acompanham no meu dia-a-dia...
Obrigada por me dares a capacidade de acreditar e ser Tua testemunha...
Obrigada por me integrares no Teu projecto, espero ser-Te útil...
Obrigada por me dares a capacidade de dizer: “Acredito em Ti, és o meu pastor, nadam e falta”
Cantemos... O Senhor é meu Pastor, sei que nada temerei, Ele guia o meu andar...sem medo avançarei! 

Alexandra R.S.D. (A Xana sofre de Paralisia Cerebral Espástica, que lhe afecta o equilíbrio e a coordenação motor)


Este depoimento está disponível no site do SDEC.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Deus, questão para crentes e não crentes



Hoje transcrevemos um texto da autoria de José Tolentino Mendonça para a Agência Ecclesia que nos convida a pensar:

Aquela palavra de São João, “a Deus nunca ninguém O viu” (1 Jo 4,12), trazemo-la como uma ferida. Nenhum de nós viu a Deus. E contudo a Sua presença, o Seu Amor, dá sentido às nossas vidas. Este paradoxo, que constitui ao mesmo tempo uma fonte de esperança, não deixa de ser um espinho. A maior parte do tempo, experimentamos apenas o desencontro de Deus, o Seu extenso silêncio. Buscamos a Deus sem O ver, acreditamos Nele sem O experimentar, escutamos a Sua voz sem verdadeiramente O ouvir. Tateamos o Seu rosto na ausência e no silêncio. E contudo, ausência e silêncio são lugares que misteriosamente insinuam uma presença. No filme “Nostalgia” de André Tarkovski, há uma cena lancinante onde se vê um grupo humano que anda desencontrado, uma multidão que se move de um lado para o outro, numa demanda labiríntica. Ouve-se então uma voz, a voz de um narrador que rompe o silêncio com este grito: “mas diz alguma coisa Senhor, diz-lhes uma palavra, eles andam à procura, não vês que têm o desejo de Ti?”. A voz de Deus faz-se ouvir com esta resposta: “E se Eu disser uma palavra, achas que eles conseguem entender?” É, no fundo, este o drama, o drama do silêncio de Deus. A dificuldade de fazer convergir finito e infinito, Graça e liberdade, provisório e definitivo, o presente e o futuro.  

Porém, sabemos que o silêncio ainda não é Deus. O silêncio é lugar de luta, de procura e espera. Aos poucos vamos aderindo à possibilidade de dar espaço, de abrir a nossa vida ao Outro, deixando que a revelação do Outro nos habite. Somos em grande medida habitados pela possibilidade de Deus. Nesse sentido, a fé tem a forma de uma hipótese. A fé é expectativa. A fé vive do combate, pois nada nunca está feito, nada nunca está acabado, nada é completamente conhecido. Caminhamos às apalpadelas, como se víssemos o invisível, segundo a bela formulação da Carta aos Hebreus (Heb 11,7). A vizinhança de Deus da nossa história não anula a dimensão agónica e interrogativa da existência. O viver do crente está a fazer-se, a construir-se, é sempre inacabado, é sempre um lugar de turbulência, de agitação, de luta. E foi assim já a vida do próprio Jesus.

domingo, 27 de outubro de 2013

Festa do Acolhimento

Texto da catequista Cátia, do 1º ano de catequese.



Hoje, dia 27 de Outubro, realizou-se na nossa capela a Festa do Acolhimento. As catequistas Cátia, Filipa e Diamantina prepararam a Eucaristia que teve como objectivo acolher as crianças que chegaram este ano à catequese.

O 1º ano conta com 11 crianças que se comprometeram a vir sempre à catequese. Também os pais participaram neste compromisso, assumindo que terão um papel activo na descoberta deste grande amigo que as crianças agora ganharam: JESUS! 

Por último, mas não menos importante, foi a vez da comunidade assumir o compromisso de acolher estas crianças e de as acompanhar enquanto continuarem na nossa capela. Com o objetivo de integrar melhor o 1º ano, foram escolhidos padrinhos e madrinhas de vários órgãos da capela: centro de catequese, mesa administrativa, grupo coral e comunidade. Os padrinhos e madrinhas irão auxiliar as crianças ao longo do ano e dos próximos, sendo também exemplo a seguir. 

Esperemos que tudo corra bem com estas crianças e que a comunidade as acolha da melhor maneira, do jeito que só Montebelo sabe como fazer.            

domingo, 6 de outubro de 2013

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dia internacional do idoso



Dada a sua importância, porque não são raras as vezes em que valorizamos menos o próximo, nomeadamente os idosos, hoje trazemos um pequeno texto (de autor desconhecido) para reflexão e, porque não, nos levar a um gesto diferente neste dia ou, então, uma mudança de atitude...

Bem-aventurados aqueles que compreendem os meus passos vacilantes e as minhas mãos trémulas.
Bem-aventurados os que têm em conta que os meus ouvidos captam as palavras com dificuldade, e que por isso procuram falar mais alto e pausadamente.
Bem-aventurados os que percebem que os meus olhos já estão nublados e as minhas reações são lentas.
Bem-aventurados os que desviam o olhar, simulando não terem visto o café que, por vezes, entorno sobre a mesa.
Bem-aventurados os que sorriem e conversam comigo.
Bem-aventurados os que nunca me dizem: " já contaste isso tantas vezes!"
Bem-aventurados os que me ajudam, com carinho, a atravessar a rua.
Bem-aventurados os que me fazem sentir que sou amado e não estou abandonado, tratando-me com respeito.
Bem-aventurados os que compreendem quanto me custa encontrar forças para aguentar minha cruz.
Bem-aventurados os que me amenizam os últimos anos sobre a Terra.
Bem-aventurados todos aqueles que me dedicam afeto e carinho fazendo-me, assim, pensar em Deus.
Quando entrar na Eternidade, lembrar-me-ei deles, junto ao Senhor!
Amém!