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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dias diferentes, celebrações diferentes


O primeiro dia de Novembro é marcado pela ida de milhares de portugueses aos cemitérios, que nesta altura estão especialmente enfeitados. Mas esta visita tem tendência a acontecer no dia anterior ao definido pela Igreja, muito por culpa da força popular. Assim, é cada vez mais comum celebrar-se o Dia dos Fiéis Defuntos no Dia de Todos os Santos.
Um fenómeno que pode ser explicado simplesmente pelo facto de o dia 1 de Novembro, dia de Todos os Santos, ser feriado (ainda este ano) e o dia 2, dia dos Finados, não.
Segundo o padre José Manuel Almeida, "A voz do povo é a voz de Deus e se calhar muitos dos nossos defuntos podem ser também celebrados no dia de Todos os Santos", explica, e como "Deus escreve direito por linhas tortas, esta mistura popular dos dois dias pode fazer-nos pensar e levar à luz: Se calhar não são datas assim tão diferentes."
Uma coisa parece certa, os portugueses dão mais significado ao dia dos Finados que à celebração de Todos os Santos.
A homenagem aos mortos é um acontecimento global e é vivido de diferentes formas um pouco por todo o mundo. Tal como sublinha o padre José Manuel Almeida, "no México é uma festa bastante divertida, enquanto aqui tem um pendor mais triste e saudoso".
Contudo, a Igreja não esquece que o dia 1 de Novembro é dedicado a Todos os Santo. Ou seja, àqueles que não tendo um dia consagrado para a sua celebração são assim adorados em conjunto. "A Igreja está convicta que apenas uma pequena parte dos santos é conhecida e que muitos que viveram de forma anónima, mas que agora estão em comunhão com Deus", esclarece José Manuel Almeida.
No dia de todos os santos a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos os cristãos que alcançaram a vida, a felicidade eterna.
Desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires e é, por isso que hoje se vive esta tradição em que acima de tudo somos convidados a contemplar os nossos "heróis" da fé, esperança e caridade.
A todos os santos de Deus, rogai por nós!

(in Diário de Noticias, Ana Bela Ferreira, 1 novembro 2009 – adaptado)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Eis o Homem 12´13 - 1º Ciclo

Divulgamos hoje mais uma actividade da Diocese do Porto:




Recomeça no próximo dia 1 de Novembro um novo ciclo de Conferências EIS O HOMEM, este ano subordinado ao tema "O Sínodo da Nova Evangelização, nos 50 anos do Concílio Vaticano II"

O 1º ciclo de debates versa sobre a Recepção do Concílio do Sínodo da Nova Evangelização, tendo como oradores D. Manuel Clemente ( 1 de Novembro), D. António Couto ( 8 de Novembro) e Aura Miguel ( 15 de Novembro )

Esta é uma iniciativa conjunta da Universidade Católica Portuguesa, da Pastoral Universitária, da Associação Católica do Porto e do Secretariado Diocesano da Pastoral da Cultura.

Hora: 21h30
Local: Associação Católica do Porto - R. Passos Manuel, 54 - Porto

Estão, portanto, todos convidados a comparecer na Conferência. Parabéns aos responsáveis pela iniciativa

sábado, 20 de outubro de 2012

Raul Follereau - o dom de amar



Hoje, apresentamos um pequeno texto sobre Raul Follereau (ou Raoul Follereau).

Raul Follereau poderá dizer-se que viveu o desafio de amar e amar até ao fim. Este cidadão francês (nasceu a 17 de Agosto de 1903 e faleceu a 6 de Dezembro de 1977) é conhecido mundialmente como o "apóstolo dos leprosos" devido à obra magnífica que desenvolveu em benefício dos leprosos de todo o mundo. Foi um grande lutador na "batalha contra a lepra e todas as lepras do nosso tempo".

Escreveu livros em que denunciava as despesas exageradas que eram feitas com armamento - o dinheiro de um bombardeiro era suficiente para eliminar a lepra existente no mundo, sobretudo nos países africanos e orientais. 

Raul visitou Portugal em 1968 e ainda hoje "marca presença" no nosso país através da Associação Portuguesa Amigos de Raul Follereau (http://www.aparf.pt/). 

Raul Follereau iniciou a sua acção de solidariedade a favor dos pobres, quando tinha apenas 15 anos de idade. Foi na sua cidade natal, Nevers, que realizou a primeira conferência, destinada a angariar fundos para ajudar os mutilados da I Grande Guerra (onde seu pai perdeu a vida), mas, também, apoiar os desmobilizados e sem emprego, as viúvas, os órfãos, enfim, todas as vítimas do terrível conflito.
 
Toda a sua actividade futura, relacionada com a solidariedade, em especial a favor dos doentes de Hansen (Leprosos), sem esquecer as vítimas do sofrimento provocado pela fome e pela ignorância, constituíram o cerne da sua mensagem: “Combater a doença de Hansen (Lepra) e todas as causas de exclusão social”. (fonte: http://www.aparf.pt)

Terminamos a publicação de hoje com uma oração da autoria de Raul Follerau:

O Dom de Amar

Concede-me Senhor o dom do amor.
O dom de amar todo o mundo,
de amar tudo em toda a terra
e, sobretudo, os homens, nossos irmãos,
que são, por vezes, tão infelizes.
De amar também as pessoas felizes,
que tantas vezes são pobres fantoches.

Dá-nos, Senhor, a força de amar sobretudo os que não nos amam,
antes de tudo os que não amam ninguém,
para os quais, quando a Hora soar, tudo acaba para sempre.

Que a nossa vida seja o reflexo do Teu amor!
Amar o próximo que está no cabo do mundo;
amar o estrangeiro que está ao nosso lado;
consolar, perdoar, abençoar, estender os braços.

Amar aqueles que se esgotam
em correrias inúteis em redor de si mesmos:
fazer brotar uma fonte no deserto do coração;
libertar os solitários, erguer os prostrados,
abrir com um sorriso os corações fechados. Amar, amar...

Então uma grande primavera transformará a terra
e tudo em nós reflorirá.

sábado, 6 de outubro de 2012

Ano da Fé - Outubro 2012






A fé que é amadurecida no conhecimento e provada pela experiência é preservada no sofrimento e alimentada pela existência.

NeoqJav

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Festa de S. Francisco de Assis



Igreja celebra a festa de S. Francisco de Assis no dia 4 de Outubro.

Em 1182, na cidade de Assis, em Itália, uma senhora chamada Pica deu à luz um rapaz e decidiu chamar-lhe João. O marido, quando voltou de uma viagem de negócios não gostou muito daquele nome e decidiu chamar-lhe Francisco como homenagem a França.

Os pais de Francisco viviam muito bem, não eram nobres mas eram importantes comerciantes de tecidos. Assim, Francisco teve uma infância boa e muito alegre. Era muito bom e quando alguém lhe pedia esmola ele não negava nunca ajuda, mas tinha o sonho de ser um grande Cavaleiro.

Quando Francisco tinha 20 anos, rebentou a guerra entre Assis e Perusa, uma outra cidade italiana, ele foi combater ao lado das tropas da sua cidade e foi feito preso, voltou a casa doente e nunca mais teve a mesma alegria.

Um dia, na estrada de Espoleto, ouviu uma voz misteriosa que lhe perguntou:
“Francisco o que é melhor? Servir a Deus ou ao Criado?”
Francisco respondeu: “Servir o Senhor!”
E a voz tornou a perguntar:
Então, porque serves o Criado?”
Percebendou que era Deus quem lhe falava, ajoelhou-se e perguntou:
“Senhor, que queres que eu faça?”
Deus disse-lhe:
“Volta a Assis, lá te direi o que quero de ti”
Em Assis havia uma linda capela em ruínas, a Capela de S. Damião, Francisco ia lá muitas vezes rezar ao pé do cruxifixo e um dia Deus tornou a falar-lhe:
“Vai Francisco e recontroi a minha Igreja que está em perigo de ruína.”
Pensando que Deus queria que reconstruísse aquele templo, Francisco decidiu reconstruir a Capela de S. Damião.

Um dia, na missa, ouviu as palavras do Evangelho,  “Ide pelo mundo e anunciai o reino de Deus. Não leveis nada para o caminho, nem bolsa, nem cajado...” e julgou que eram para si.
Quando voltou a casa, repartiu todos os tecidos da loja e dinheiro pelos pobres. O seu pai ficou muito zangado e disse-lhe que tinha que lhe devolver tudo. Francisco despiu a roupa que tinha e disse ao pai que a partir daquele momento não mais lhe chamaria pai. A partir dali seria somente filho do Pai que está no Céu, de Deus.

Ao verem Francisco nú, os servos do Bispo deram-lhe um manto para se cobrir. Durante muito tempo, andou por toda a Itália a espalhar a palavra de Deus.

Quando já eram muitos, Francisco decidiu ir a Roma pedir autorização ao Papa para criar uma nova ordem, mas o Papa Inocêncio III julgou que a ordem tinha regras muito duras. Nessa noite o Papa sonhou que a Basílica de S. Pedro estava a ruir e que era Francisco quem a sustentava aos ombros, de manhã mandou chamá-lo, ajoelhou-se aos pés dele e permitiu que se fizesse a nova ordem, a Ordem dos Frades Menores.

Aos 45 anos de idade, no dia 3 de Outubro de 1225, Francisco doente e quase cego pediu aos seus amigos para o deitarem sobre a terra nua e, ao som do cântico das criaturas, morreu e de todo o lado vieram pássaros e pousaram junto dele.

Desde então, os franciscanos celebram a festa de Francisco no dia 4 e também a sua «passagem», o seu «trânsito», no dia 3 à noite. Assim será feito pela comunidade franciscana da Capela de Nossa Senhora dos Anjos, no Porto.
Quem deseja celebrar Francisco de Assis, associando-se, é convidado à festa do dia 4 e à celebração do «trânsito» no dia 3.

A celebração do Trânsito, a Vigília, será animada particularmente pelos jovens. Nela participam também os jovens franciscanos.
A Eucaristia da festa, às 19.00 h do dia 4, terá como Presidente o jovem franciscano Frei Bruno Andrade Peixoto, ordenado sacerdote a 28 de Julho de 2012, na sua terra natal (ilha do Faial – Açores).

Capela de Nossa Senhora dos Anjos – Franciscanos
Rua dos Bragas 321   =   4050-123 Porto
Festa de S. Francisco de Assis 2012

3 de Outubro
21.30     Trânsito (Vigília com os jovens)

4 de Outubro
08.00     Eucaristia
10.00     Eucaristia
19.00     Eucaristia solene – presidida pelo Fr. Bruno Peixoto

(mais informações em: http://www.cne-escutismo.pt e http://www.diocese-porto.pt)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

50º Aniversário do II Concílio do Vaticano



II Concílio do Vaticano foi convocado pelo papa João XXIII e celebrado sob o seu pontificado e do de Paulo VI entre 1962 e 1965, ao longo de quatro sessões, aproximadamente uma por ano, em geral de outubro a dezembro.
Foi o concílio ecuménico mais representativo dos 21 da história da Igreja, com a participação de mais de dois mil bispos do mundo.
Por vontade expressa de João XXIII foi um concílio pastoral, isto é, não foi dedicado a condenar erros mas a procurar a atualização da doutrina da Igreja face à sociedade contemporânea.
Do encontro resultaram 16 documentos, que se agrupam desta forma: quatro constituições (os de maior importância), nove decretos e três declarações:

Em 11 de outubro de 2012 celebra-se o cinquentenário da abertura do II Concílio do Vaticano (1962-1965). A data, por vontade do papa Bento XVI, marca também o início do Ano da Fé. Para assinalar o cinquentenário, o Centro de Cultura Católica do Porto (CCC) vai levar a cabo três iniciativas:

- Em 9 de Outubro (21 horas), será exibido o documentário O Concílio: História do Vaticano II, da autoria do historiador italiano Alberto Melloni, secretário da Fundação para as Ciências Religiosas João XXIII, de Bolonha, e coordenador da edição italiana da Storia del Concilio Vaticano II, dirigida por G. Alberigo. Em perto de duas horas, este documentário de elevado interesse e qualidade, recorrendo a abundantes imagens da época, contextualiza e percorre o Concílio, desde o seu anúncio e preparação até às várias fases do seu desenvolvimento.
- Em 20 de Outubro (14.30 horas), o Cón. Arnaldo de Pinho, professor da Faculdade de Teologia da UCP-Porto, pronunciará uma conferência subordinada ao tema Concílio Vaticano II: Novidade e Receção. A conferência decorrerá no âmbito da Sessão solene de início do ano letivo do CCC, em que também serão entregues os diplomas aos alunos que concluíram os seus cursos no ano letivo passado.
- A partir de 12 de Outubro e até janeiro, às sextas-feiras, das 19 às 19.50 horas, será lecionada pelo P. Arlindo Magalhães Cunha, professor da Faculdade de Teologia da UCP-Porto, no âmbito do Curso Básico de Teologia, uma disciplina sobre o II Concílio do Vaticano II. Esta disciplina pode também ser frequentada isoladamente. O programa desta disciplina pode ser consultado na página web do CCC.

As duas primeiras iniciativas são de entrada livre. A frequência da disciplina sobre O II Concílio do Vaticano exige inscrição prévia no CCC (Rua D. Manuel II, 286, Porto; Tel. 226094639; ccc@diocese-porto.pt; ccc.diocese-porto.pt).

(fontes: http://www.snpcultura.org e http://www.diocese-porto.pt/)