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sábado, 20 de outubro de 2012

Raul Follereau - o dom de amar



Hoje, apresentamos um pequeno texto sobre Raul Follereau (ou Raoul Follereau).

Raul Follereau poderá dizer-se que viveu o desafio de amar e amar até ao fim. Este cidadão francês (nasceu a 17 de Agosto de 1903 e faleceu a 6 de Dezembro de 1977) é conhecido mundialmente como o "apóstolo dos leprosos" devido à obra magnífica que desenvolveu em benefício dos leprosos de todo o mundo. Foi um grande lutador na "batalha contra a lepra e todas as lepras do nosso tempo".

Escreveu livros em que denunciava as despesas exageradas que eram feitas com armamento - o dinheiro de um bombardeiro era suficiente para eliminar a lepra existente no mundo, sobretudo nos países africanos e orientais. 

Raul visitou Portugal em 1968 e ainda hoje "marca presença" no nosso país através da Associação Portuguesa Amigos de Raul Follereau (http://www.aparf.pt/). 

Raul Follereau iniciou a sua acção de solidariedade a favor dos pobres, quando tinha apenas 15 anos de idade. Foi na sua cidade natal, Nevers, que realizou a primeira conferência, destinada a angariar fundos para ajudar os mutilados da I Grande Guerra (onde seu pai perdeu a vida), mas, também, apoiar os desmobilizados e sem emprego, as viúvas, os órfãos, enfim, todas as vítimas do terrível conflito.
 
Toda a sua actividade futura, relacionada com a solidariedade, em especial a favor dos doentes de Hansen (Leprosos), sem esquecer as vítimas do sofrimento provocado pela fome e pela ignorância, constituíram o cerne da sua mensagem: “Combater a doença de Hansen (Lepra) e todas as causas de exclusão social”. (fonte: http://www.aparf.pt)

Terminamos a publicação de hoje com uma oração da autoria de Raul Follerau:

O Dom de Amar

Concede-me Senhor o dom do amor.
O dom de amar todo o mundo,
de amar tudo em toda a terra
e, sobretudo, os homens, nossos irmãos,
que são, por vezes, tão infelizes.
De amar também as pessoas felizes,
que tantas vezes são pobres fantoches.

Dá-nos, Senhor, a força de amar sobretudo os que não nos amam,
antes de tudo os que não amam ninguém,
para os quais, quando a Hora soar, tudo acaba para sempre.

Que a nossa vida seja o reflexo do Teu amor!
Amar o próximo que está no cabo do mundo;
amar o estrangeiro que está ao nosso lado;
consolar, perdoar, abençoar, estender os braços.

Amar aqueles que se esgotam
em correrias inúteis em redor de si mesmos:
fazer brotar uma fonte no deserto do coração;
libertar os solitários, erguer os prostrados,
abrir com um sorriso os corações fechados. Amar, amar...

Então uma grande primavera transformará a terra
e tudo em nós reflorirá.

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