Hoje, apresentamos um pequeno texto sobre Raul Follereau (ou Raoul Follereau).
Raul Follereau poderá dizer-se que viveu o desafio de amar e amar até ao fim. Este cidadão francês (nasceu a 17 de Agosto de 1903 e faleceu a 6 de Dezembro de 1977) é conhecido mundialmente como o "apóstolo dos leprosos" devido à obra magnífica que desenvolveu em benefício dos leprosos de todo o mundo. Foi um grande lutador na "batalha contra a lepra e todas as lepras do nosso tempo".
Escreveu livros em que denunciava as despesas exageradas que eram feitas com armamento - o dinheiro de um bombardeiro era suficiente para eliminar a lepra existente no mundo, sobretudo nos países africanos e orientais.
Raul visitou Portugal em 1968 e ainda hoje "marca presença" no nosso país através da Associação Portuguesa Amigos de Raul Follereau (http://www.aparf.pt/).
Raul Follereau iniciou a sua acção de solidariedade a favor
dos pobres, quando tinha apenas 15 anos de idade. Foi na sua cidade natal,
Nevers, que realizou a primeira conferência, destinada a angariar fundos para
ajudar os mutilados da I Grande Guerra (onde seu pai perdeu a vida), mas, também,
apoiar os desmobilizados e sem emprego, as viúvas, os órfãos, enfim, todas as
vítimas do terrível conflito.
Toda a sua actividade futura, relacionada com a solidariedade, em especial a
favor dos doentes de Hansen (Leprosos), sem esquecer as vítimas do sofrimento
provocado pela fome e pela ignorância, constituíram o cerne da sua mensagem:
“Combater a doença de Hansen (Lepra) e todas as causas de exclusão social”. (fonte: http://www.aparf.pt)
Terminamos a publicação de hoje com uma oração da autoria de Raul Follerau:
O Dom de Amar
O dom de amar todo o mundo,
de amar tudo em toda a terra
e, sobretudo, os homens, nossos irmãos,
que são, por vezes, tão infelizes.
De amar também as pessoas felizes,
que tantas vezes são pobres fantoches.
Dá-nos, Senhor, a força de amar sobretudo os que não nos amam,
antes de tudo os que não amam ninguém,
para os quais, quando a Hora soar, tudo acaba para sempre.
Que a nossa vida seja o reflexo do Teu amor!
Amar o próximo que está no cabo do mundo;
amar o estrangeiro que está ao nosso lado;
consolar, perdoar, abençoar, estender os braços.
Amar aqueles que se esgotam
em correrias inúteis em redor de si mesmos:
fazer brotar uma fonte no deserto do coração;
libertar os solitários, erguer os prostrados,
abrir com um sorriso os corações fechados. Amar, amar...
Então uma grande primavera transformará a terra
e tudo em nós reflorirá.
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